O Need for Speed está comemorando 30 anos, e os desenvolvedores atuais destacam que o maior desafio para os novos jogos da série é, literalmente, a idade da franquia. Desde o lançamento em 1994, o gênero de corridas passou por uma transformação gigantesca. No entanto, Need for Speed conseguiu se manter relevante, adaptando-se às novas tendências e mantendo sua acessibilidade para os jogadores. Assim, a franquia segue, constantemente, inovando.
O legado do Need for Speed
Patrick Honnoraty, atual produtor, relembra os primeiros dias da franquia e a sensação de estar jogando algo revolucionário. “Naquela época, não havia nada como aquilo. A experiência de dirigir e ser perseguido pela polícia era única”, afirma Honnoraty, que se lembra da empolgação ao ver o jogo pela primeira vez. De fato, o jogo criou uma experiência incomparável para os jogadores da época.
Ao longo de três décadas, a série passou por altos e baixos. Contudo, ela sempre se manteve relevante ao longo dos anos. A chave do sucesso, segundo Honnoraty, foi a acessibilidade do jogo. “Se pensarmos em como Need for Speed começou, era fácil de jogar, e a série tentou manter essa fórmula desde então”, explica o produtor. Portanto, a simplicidade de seus primeiros passos ajudou a garantir seu legado duradouro.
A importância da personalização
Outro ponto crucial para o sucesso da série foi a personalização dos carros. Para os desenvolvedores, incluir customizações que ressoam com a cultura automotiva atual sempre foi essencial. “Quando a personalização foi deixada de lado, vimos que o jogo sofreu”, reconhece Honnoraty. Além disso, a personalização tem sido uma das características que mais conectam os jogadores com o jogo.
A diversidade de preferências entre os jogadores também é um desafio constante para os criadores. Isso ocorre porque, desde o sucesso dos jogos Underground e Most Wanted até os jogos mais recentes, como Heat e Unbound, os desenvolvedores têm que lidar com expectativas variadas dos fãs. Consequentemente, agradar a todos se torna uma tarefa quase impossível.
Desafios de manter a relevância
Hoje, com o jogo completando 30 anos, o maior desafio é justamente essa diversidade de opiniões sobre o que Need for Speed representa. “Cada jogador tem uma ideia diferente sobre qual é o melhor jogo da série”, afirma Honnoraty. O exemplo de Need for Speed Payback ilustra bem essa situação: “Alguns jogadores viram semelhanças com Most Wanted, outros com Underground.” Portanto, a percepção de cada jogador é altamente influenciada pelas suas experiências pessoais com a franquia.
Isso evidencia como as memórias e experiências individuais com a série influenciam a percepção dos fãs sobre o que torna Need for Speed tão especial. Dessa forma, os desenvolvedores precisam equilibrar essas expectativas e continuar criando uma experiência que, ao mesmo tempo, remeta ao passado e se mantenha inovadora.
A reinvenção contínua da franquia
O caminho da série nunca foi linear. A cada novo lançamento, Need for Speed tentou se reinventar, como em ProStreet, que levou os jogos da franquia para as pistas profissionais, ou Heat, que trouxe uma dinâmica de risco e recompensa. “Sempre tentamos fazer algo diferente, algo que os jogadores não esperam”, afirma Honnoraty. Com isso, a série se mantém desafiadora e empolgante para os jogadores.
A série continuará a evoluir, com novas ideias sendo testadas e velhos conceitos sendo repaginados. Em suma, os desenvolvedores seguem testando o que funciona e o que não funciona, sempre com o objetivo de inovar e garantir que Need for Speed permaneça relevante. Como os desenvolvedores afirmam, os riscos fazem parte da identidade de Need for Speed, e, embora nem sempre todos esses riscos agradem aos fãs, eles são essenciais para manter a franquia viva e relevante.
Qual é o seu jogo favorito da franquia Need for Speed? Conta para a gente nos comentários! Adoramos saber qual foi a sua experiência e qual título deixou sua marca. Será que Need for Speed conseguiu evoluir da forma que você esperava?
Fonte: VG247
